domingo, 1 de fevereiro de 2015

Aguas Calientes

 

Aguas Calientes é a porta de entrada para Machu Picchu. Ali voce compra ingresso para entrar em Machu Pichu, e pega ônibus que leva voce até lá, numa viagem de 12 quilometros por uma estradinha que sobre zigzagueando a montanha.
Aguas Calientes e MP

Os trens chegam vindo de Cusco e Ollantaytambo, com ponto final em Aguas Calientes.

O acesso a Aguas calientes é por via férrea, não há acesso por rodovia. Os turistas desembarcam na estação, que é perto de tudo, pois a cidade é minúscula.
20140915_083312
Estação ferroviária de Aguas Calientes

Parece que o povo deste vilarejo não gosta do nome “Aguas Calientes”. Eles preferem chamar a cidade de “Machu Picchu Pueblo”. Existem águas termais ali, e por isso o nome.

Aguas Calientes mapa Google p
Aguas termais em AC
Aguas termais em Aguas Calientes

É um vilarejo 100% voltado ao turismo, com hotéis, restaurantes e tendas de artesanatos. Em frente a estação há um enorme centro de vendas de artesanatos, meio caidão, sem movimento. Há muitos restaurantes, quase todos do tipo “pega-turista”. São aqueles que cujo maior objetivo não é exatamente oferecer boa comida, e sim assaltar o bolso do turista. Quem quiser uma cozinha mais bem elaborada, pode ir até ao restaurante do Hatuchay Hotel, boa comida lá.
Menu pega turista
Menu “tourist trap”

Hatuchay Hotel
Hatuchay Hotel em Aguas Calientes

Apesar de bem rústica e diria até meio mediaval, a vila tem seu charme, é simpática e pitoresca,  um passeio por ela é até interessante. Na praça principal,  cujo nome é Manco Capac, existe uma estátua, de quem mesmo ? Do grande Manco Capac, é claro.

20140914_170108
Praça Manco Capac
20140914_171213
Ruela em Aguas Calientes

Tudo ali é perto, da estação de trem até a praça do Manco Capac é uma caminhada de 10 minutos.

A cidade é dividida pelo rio Vilcanota, e por isso há três pontes para pedestres.
20140915_073057
Rio Vilcanota. A ponte vermelha lá no fundo é de frente à estação ferroviária.

Aguas Calientes – galeria de fotos

20140915_073241
Ao fundo, turista se aglomeram a espera do onibus para Machu Picchu

Mercado Municipal Aguas Calientes
Mercado Municipal Aguas Calientes
Mercado Municipal AC Açougue
Açougue no Mercado Municipal Aguas Calientes

Link para indice

Portal do Sol - Intipunku



Machu Picchu - Portal do Sol - Intipunku


    A partir de Machu Picchu, voce pode caminhar 2,8 km até ao Portal do Sol. Vale muito a pena, a vista de lá é espetacular. 
Placa em Machu Pichu. Machu Pichu Mountain é o Huayna Pichu.



O caminho é um pouco íngreme, com algumas subidinhas; ele é todo feito de pedras irregulares e passa as vezes a beira de ribanceiras. Requer certa atenção e com certeza um bom tênis. Alem, é claro do problema da altitude, da falta de ar. 
O caminho de Machu Picchu até Portal do Sol




Fizemos o percurso em 50 minutos. Estamos em boas condições físicas, mas acho que qualquer pessoa com preparo físico mediano pode subir em 60 a 70 minutos. 




O Portal do Sol, ou Intipunku, fica a 2750 metros acima do mar. Alguns arqueólogos afirmam que o local era um templo de adoração ao Sol; porem outros preferem dizer que o local era apenas um posto de entrada para Machu Pichu, uma instalação administrativa dos Incas, que controlava os visitantes que chegavam a Machu Pichu por uma trilha que continua após este portal.


20140914_145813
O portal do Sol




Quem for voltar a Aguas Calientes de ônbus, o último ônibus sai as 17:30 (consulte horário antes, por que pode mudar). Portanto, se for subir até a Portal do Sol deve sair no máximo até 15:30. Muitos turistas permanecem ali até o por do sol, que se põe ao lado de Machu Pichu, mas esses não voltam de ônibus.



Link para indice




Viagem Cusco-Puno–Inka Express

Fizemos nossa viagem de Cusco até Puno de ônibus. Mas não com ônibus comum, de carreira. Contratamos antecipadamente a empresa Inka Express, que faz o trajeto parando em pontos turísticos, seguindo o mapa a abaixo.

Rota Cusco Copacabana1
Inka Express onibus

Uma van da empresa veio nos buscar no hotel. Pensei que viajaríamos com essa van, mas ela nos levou até a uma praça. Ali havia vários ônibus de várias empresas de turismo e também vários turistas aflitos, feito baratas tontas. A confusão e a aparente desorganização era generalizada, com funcionários de agencias procurando passageiros perdidos, passageiros procurando ônibus, guias se comunicando aos gritos, etc. Mas tudo deu certo no final, e embarcamos. A viagem, de 300 km, durou 10h30m. Mas não foi cansativa.

As paradas da viagem foram as seguintes :

1. Oropesa, onde o guia (sim, o ônibus tinha um guia) parou para comprar um pão gigante, fresco, conhecido como “pan chuta”. O pão tinha a forma de pizza, neste formato ele fica com bastante casca e pouco miolo.  A cidade é famosa pelos seus padeiros, que fazem pão artesanal, caseiro. Provamos do pão, muito delicioso;

Pao Chuta de Oropesa

2. Andahuaylillas – visitamos a famosa igreja deste lugarejo (veja postagem sobre Andahuaylillas, neste blog);

3. Rachi – visitamos o sítio arqueológico do local (veja postagem sobre Rachi, neste blog);

4. La Raya – é o ponto mais alto da viagem, 4335 metros. Paramos para fotos, dava para ver as neves dos Andes. O local da parada é um camelódromo gigante. Solange tirou uma foto com uma nativa, a troco de uma gorjeta.
La Raya

La Raya (2)

5. Pucara – uma vilarejo com um importante museu (veja postagem sobre Pucara neste blog) e sitio arqueológico.

6. Juliaca – na verdade não paramos em Juliaca, mas o ônibus deu umas travadas no transito confuso e caótico da cidade. Pela janela do ônibus, ficamos a observar Juliaca, é uma cidade feia, suja, poeirenta, mediaval. O guia nos explicou que as principais atividades econômicas de Juliaca são a exploração do aeroporto local e o contrabando de produtos e de gasolina da Bolívia.

7. Puno – uma cidade com um agradável centro histórico; ponto final da viagem (Veja postagem sobre Puno, neste blog).

Link para indice

Raqchi e Templo Wiracocha

Raqchi é um sitio arqueológico Inca, a 110 quilômetros de Cusco; e a 3.480 metros acima do nível do mar. Situado entre Cusco e o sul do império, Raqchi era um importante ponto estratégico. Varias estradas (trilhas) do império passavam por Raqchi, que funcionava como um posto de controle e descanço de viajantes.

Raqchi Mapa

    Ali se encontram também as colcas (ou qolkas, ou qullqas), estruturas circulares, em número de 152, que eram usados como silos de armazenamento de cereais (milho e quinoa) e depósitos de equipamentos militares. Supõe-se então que o local era importante centro de distribuição de mantimentos do império.
Raqchi colcas
Colcas – silos de armazenamento de cereais
Colcas

Tambem em Raqchi havia 8 grandes edifícios, -que serviam de alojamentos para abrigar viajantes ou tropas militares em transito.

Alojamentos
Alojamentos

Existe no local um lago artificial retangular, que era usado em rituais religiosos.

Raqchi GoogleEarth
Vista Google Earth do sitio arqueologico

O Templo de Wiracocha

   A maior atração de Raqchi é o Templo de Wiracocha, uma enorme estrutura medindo 25mt x 90mt. Consistia de uma parede central, erguida em tijolos feitos da mistura de barro e capim, com 20 metros de altura. Nos dois lados dessa parede, havia 11 colunas (cada lado), todo este conjunto sustentava uma cobertura.

20140916_102922
Parede central do Templo Wiracocha


Wiracocha temple

20140916_103004
Pilares laterais do templo (o que restou dos pilares, bases cilindricas)

Templo Wiracocha - reconstituição
Como era o templo.

Wiracocha é o deus Inca criador de todas as coisas.

wiracocha

Wiracocha
Wiracocha1

Wiracocha3
Wiracocha, o deus inca criador de todas as coisas.

ARtesanatos
Vendedoras de artesanatos em Raqchi

Link para indice

Pucara e Museu Litico

Pucara é um vilarejo de menos de 2 mil habitantes. Há outras grafias para o lugarejo : Pukara, Pucará. . A cidade é pequena e pacata, o ônibus da excursão não ficou muito tempo lá, mas ainda assim foi possivel dar um passeio rápido por ela.

A Igreja de Pucara

Quase todos ali vivem da arte cerâmica. São eles os maiores fabricantes peruanos do famoso “Torito de Pucara”, o tourinho que enfeita as casas e que dizem trazer saúde e prosperidade. O estranho é que não existem touros no Peru, não criam gado bovino.

Torito de Pucara
Um tourinho de Pucara

Visitamos o importante Museu Litico Pucara, com peças muito interessantes, de várias culturas pré-colombianas. Por fora, o Museu parece ser uma quitanda de bananas. Se fosse na Europa, com certeza o Museu seria grandioso, um prédio de zilhões de dólares.
museo pukara

“Litico” é um adjetivo em castelhano, quer dizer “de pedra, relativo a pedra”. De fato, a maioria das peças deste museu é feita de pedra.
Museo Litico Pucara0
Escutura de um figura humana segurando a cabeça de uma criança decapitada, acredita-se que seria a reprodução de um ritual com sacrifício.
Museo Litico Pucara
IMG_0914
Vaso cerâmico pucara, com figura de um felino


Alem de esculpirem em pedra, os Pucaras eram exímios ceramistas. Porem o que mais me impressionou no Museu foi o vaso cerâmico Inka da foto, uma verdadeira obra de arte.
Pucara Museu1

Pucara - incensario
Um incensário cerâmico pucara

Não confundir Pucara com Puka Pukara, que é outro lugar., próximo a Cusco, também muito conhecido por ser um sítio arqueológico.

Quase todas as peças expostas são da cultura indígena Pucara, que habitava a região, e foram retiradas de um sítio arqueológico que fica a poucos quilômetros deste Museu. Estima-se que entre 500 a.C. até 200 d.C. (antes portanto do florescimento do império Inca) este sítio foi uma das primeiras cidades do Peru, composto de centenas de casas e sedes administrativas.
Pucara sitio arqueologico
Placa da entrada do sitio arqueológico de Pucara, vandalizado, todo crivado de balas.

Pucara 5
Sitio arqueologico Pucara. Por setecentos anos, aqui era uma cidade indígena (500 a.C – 200 d.C).

Link para indice