domingo, 1 de fevereiro de 2015

Blog do Peru

 

Introdução-

Este blog é sobre o país, e não sobre a ave !
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É um blog misto, de viagem e de pesquisa sobre o pais. Resultado de viagens que fiz ao Peru, em 2014 e 2017.

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Autor deste blog :

Claudio 3x41

Claudio Massayuki Hagi
cmh@netpar.com.br
Hugo Lange – Curitiba – Pr

Indice do blog Peru

  


Clique no assunto que deseja ler 
Peru em números e fatos
Viagem Curitiba-Foz-Lima
Lima – a cidade – parte 1
Lima – a cidade – parte 2
Lima-Huaca Pucllana e os Waris
Um país sagrado e místico
Ollantaytambo
Cusco-Historia
Cusco – centro histórico
Catedral de Cusco
Pisac – sitio arqueológico
Atahualpa – um pouco da história do Peru
A lenda de Manco Capac
Machu Picchu – historia do descobrimento
Viagem de trem Cusco-Machu Picchu
Aguas Calientes
Portal do sol
Viagem Custo-Puno – Inka Express
Andahuaylillas
Raqchi e Templo Wiracocha
Pucara e Museu Litico
Puno – cidade
Puno – Museu Carlos Dreyer
Puno – Ilhas Uros
Sillustani e Lago Umayo
A casa do camponês
Bebidas do Peru
Camelídeos da América do Sul
Artesanato e confecção
Peru under construction
Arequipa – a cidade
Comida no Peru
Tuk tuk no Peru


Trekking no Peru:

Trekking e hikking – definições
Trekking no Peru
Treking no Peru – como fazer
Trekking – Colca Canyon – Peru 
Trekking – Colca Canyon – a descida
Trekking - Colca Canyon - a subida
Trekking – Salkantay – dia 01
Trekking – Salkantay – dia 02 – caminho até Pass
Trekking – Salkantay – dia 02 – Pass até Chaullay
Trekking – Salkantay – dia 03 – Chaullay até Lucmabamba
Trekking – Salkantay – dia 04 – Lucmabamba até Aguas Calientes




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Claudio Massayuki Hagi
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Hugo Lange – Curitiba – Pr


Peru em números e fatos




Nome oficial :      Republica do Peru
Língua oficial :    espanhol
Línguas cooficiais:     quechua e aymará
Forma de govêrno : República democrática presidencialista, multipartidária
Independência da Espanha
     - Declarada : 28 julho de 1821
     - Consolidada :  9 dezembro de 1824
Área : 1 285 220 km² – aprox. o tamanho do estado do Pará
Água
doce :                 8,80 % da área
População -                 Censo 2007 28.670.000 hab.
PIB (nominal) Estimativa de 2013
     - US$ 210,349 bilhões
           (Brasil : US$ 2.244,0 bilhões)
     - Per capita US$ 7 1352
          (Brasil : US$ 11.067
IDH : (2013):   0,737 (82.º) – elevado
Moeda :           Nuevo sol (PEN)
Fuso horário : 2 horas a menos em
                         relação a Brasilia
Religião :  81,3 % Católicos
                 12,5 % Evangélicos
                 6,2 % outros


Peru Mapa turistico



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Um pais sagrado



Peru, um pais sagrado

Os guias turísticos do Peru tem a mania de dizer que tudo ali é sagrado, místico, celestial. Se param num lago, já anunciam “estamos no lago sagrado...”. Se um vendedor te oferecer uma estatueta, ele explica que trata-se de um símbolo sagrado dos Incas. O Perú tem paredão sagrado, pedra sagrada, rio sagrado, animal sagrado, vale sagrado; enfim, em tudo os guias e vendedores botam uma aura misteriosa, endeusada. Afinal, assim vende mais.
Até mesmo dois dos maiores heróis do Peru, Manco Capac e Mama Ocllo, são retratados de maneira misteriosa, mitológica.


Manco Capac e Mama Ocillo
Manco Capac e Mama Ocllo, fundadores do império inca.

O peruano chama Machu Picchu de “cidade sagrada dos Incas”, por que ali se realizavam ritos sagrados, estavam mais perto do céu, etc. Porem arqueólogos preferem dizer que Machu Picchu era uma colônia de férias, um SPA, e não um centro religioso.
Perguntei a um guia por que o vale do rio Urubamba, local onde floresceu a cultura Inca, era chamado de “Vale Sagrado”. Ele respondeu que os produtos dali antigamente eram tratados como “produtos do Vale do Urubamba”, mas por questão de puro marketing alguém resolveu criar a marca “Vale Sagrado dos Incas”. O governo peruano, as agencias de turismo, etc, gostaram da idéia e adotaram o nome.




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Viagem Curiba-Foz-Lima

22/09 – Viagem Curitiba – Foz - Lima

Saimos de Curitiba, em direção a Foz do Iguaçu. É a conexão para Lima. Uma boa sugestão de stop para os turista que vão a Lima. A agencia não nos ofereceu essa parada, pois a vendedora sabia que já conhecíamos as Cataratas do Iguaçu. Fizemos então somente a conexão.  O aeroporto de Foz é de tamanho médio, muito limpo e bonito. A praça de alimentação era enorme, com 400 assentos, mas tinha somente 2 restaurantes pequenos, 1 cafeteria e um bar.
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Food Plaza do aeroporto Foz do Iguaçu

Na área de embarque (e em nenhum outro lugar), não tinha banca de revista ou livraria, mas tinha uma H. Stern (joalheria), que parecia estar perdida ali, em local errado. Estranho, todo aeroporto que se preze tem uma livraria e/ou revistaria. Lá fora, um calor infernal, perto de 45º. Dentro do Aeroporto, um frio desgraçado, 18º. Não sei por que gastar tanta energia elétrica. O aeroporto de Foz não tem WiFi e o sinal da TIM 3G é a lesma lerda de sempre.

Nossa chegada a Lima

Chegamos a Lima. Um guia nos espera no Aeroporto, com o motorista do transfer. Optamos por viajar por agencia, por pura comodidade. Nem precisava, mas dispomos de pouco tempo e por isso preferimos por pagar mais caro e ter essas regalias.

No saguão do aeroporto há um enorme avião pendurado. É uma réplica do avião Blériot XI, explica o guia, chamado Floriano. Com um desses o frances Jorge Chavez Dartnell foi o primeiro aviador a cruzar os Alpes, entre a França e a Itália. Ao aterrissar do outro lado, na Itália, o avião espatifou-se, matando o piloto, aos apenas 23 anos de idade.
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Réplica do Brériot

Por esse motivo, o aeroporto de Lima se chama Aeroporto Internacional Jorge Chavez. Nascido e estudado na França, Jorge Chavez era filho de peruanos, mas apesar de nunca ter pisado no solo peruano, é cultuado aqui. A ponto de tamanha homenagem, batizar o mais importante aeroporto do país. Os peruanos dizem estranha e orgulhosamente “... um bravo aviador peruano, nascido em Paris”. Bom, e daí ? Santos Dumont também fez seus malabarismos na Europa e é cultuado aqui no Brasil.
Jorge Chavez Dartnell

Jorge Chavez juntamente com Roland Garros e Amelia Earhardt, fazem o trio de aviadores malucos e imprudentes, que no inicio da romântica e aventureira história da aviação morreram em façanhas suicidas e mal planejadas.

A van do transfer passa pelo centro de Lima. Os peruanos me desculpem, mas a cidade é feia, cheia de carros e prédios velhos.  Tenho um amigo peruano aqui em Curitiba, ele mesmo disse que Lima é feia. Somente o bairro de Miraflores e adjacencias é bonito.  Vi alguns cassinos, não sabia que jogo aqui é liberado.

Lima tem muitos micro-onibuos e vans. O transporte coletivo, explica o motorista, ainda é muito precário e improvisado. Os micro-onibus coletivos são todos velhos, feios e apinhados de gente. Existe um projeto de linha exclusiva para onibus articulado (ou “Gonzagão”, com diz o paulista), o motorista nos conta isso com entusiasmo, dizendo que trata-se de uma obra e idéia revolucionária, moderna.

Desembacamos no nosso hotel, o Sonesta Olivar. É um hotel confortavel, bonito e bem localizado. Dormimos, e no dia seguinte, após o café da manhã (“desayuno”), o garçom trouxe a comanda, com um curioso pedido formal de gorjeta (que em castelhano tem o feio nome de “propina”), a ser incluída na conta. Será que o dono do hotel rateia a gorjeta depois, ou fica com ela ?

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Comanda com pedido de “propina”

Comi um bicho estranho, “tamal”, parecido com pamonha.
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Bem vindos a Lima !

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Lima–a cidade


Lima, Peru - um pouco de história  

Fundada em 1535, para ser o centro administrativo dos colonizadores (por que não dizer “invasores”) espanhóis, tornou-se importante entreposto das colônias espanholas na América do Sul.  
Na região de Lima habitavam povos indígenas, os Limas (de onde se originou o nome da cidade) e Marangas. Posteriormente, estabeleceram-se ali os Waris e Chancays. No século XV, foi a vez dos Incas ocuparem a região.  Historiadores afirmam que os Limas deixaram a região e foram buscar outras terras mais chuvosas (não chove na região de Lima).
Com 8,5 milhões de habitantes na sua região metropolitana, Lima abriga 33% da população do Peru. Ao contrario do que se pensa, Lima tem muitas atrações. É uma cidade que nunca chove, mas tem uma boa área verde, devido a neblina. E também é uma cidade limpíssima, não se vê um papelzinho de bala no chão.

Existem em Lima 61 museus.
As principais atrações desta cidade, a seguir :

Parque de la Muralla - Lima, Peru 

Entre 1684 até 1687, o vice-rei do Peru construiu uma muralha circundando a cidade, para protege-la de ataques de piratas. Em 1872 o governo peruano derrubou as muralhas, para expandir a cidade. Em 1980 uma construtora acidentalmente encontrou ao lado do Rio Rimac restos da muralha, que foram preservadas. O local foi urbanizado com muito bom gosto, e hoje é o Parque de la Muralla, próximo a Plaza das Armas.


Muralhas de Lima
Um mapa antigo de Lima, com o contorno das muralhas.Muralhas de Lima1
Parque de la Muralla

Shopping Larcomar - Peru, Lima

E um shopping a céu aberto, de frente ao Oceano Pacífico, encrustado na beira de um abismo. É um shopping de rico, luxuoso, de lojas de marca.
Lima - Larcomar
Shopping Larcomar

Shopping Larcomar noite
O Shopping Larcomar é um dos mais bonitos do mundo.
Lima10001

Museu Del Oro - Lima, Peru 

Próximo ao Shopping Larcomar, é um museu particular. Era uma das grandes atrações da cidade até 2001. Neste ano, descobriu-se que 85% das peças de ouro deste museu eram falsas. O museu foi fechado, e reaberto mais tarde, desta vez com mais honestidade, indicando quais peças eram  simples reproduções. O que é esquisito, reprodução de que ? E a peça original, está aonde ? Ainda assim, o museu tem um importante acervo de armas de fogo, com peças originais.
Plaza de Armas
Lima tem a sua Plaza de armas, também conhecida por Plaza Mayor, fundada no século XVI por ordem de Francisco Pizarro. Ali estão concentrados os principais prédios públicos, o palácio presidencial, a prefeitura, a catedral, o palácio do arcebispo. Nenhum prédio original restou, porem a fonte de bronze é de 1640. Há troca de guarda todos os dias no palácio presidencial, com direito a bandinha tocando a batidíssima “El Condor Pasa”.

Plaza de Armas Lima Peru

Peru-Lima-Plaza-de-Armas-L
A Plaza de Armas e a fonte de bronze. Se fosse aqui no Brasil, já tinham roubado a fonte e derretido ela. 

Catedral de Lima, Peru 

Construída por ordem de Francisco Pizarro, em 1535, porem parece que não ouve acordo entre os padres e arquitetos, pois a igreja sofreu reconstruções em 1551, em 1622, 1687 e 1745. Em 1940 sofreu uma grande restauração.
A catedral, cujo nome é Basilica Catedral de San Pedro Evangelista, tem 12 altares e várias capelas. Nos fundos, funciona um museu.

Lima_Cathedral_Main_facade
Portal da Catedral de Lima
Lima.Catedral
Catedral de Lima

Lima Catedral interior

Parque de La Reserva (Circuito Mágico Del Agua, Lima, Peru)

É uma praça cheia de fontes. A maior fonte do mundo está nessa praça, segundo o Guinnes Book. Não abre todos os dias, e é mais bonita a noite. Espetáculos de fontes de água eram atrações nos anos 80. Hoje, banalizou e ficou meio fora de moda. Os taxistas e guias nos recomendaram ir até lá a noite, mas não sabiam dizer se estava aberto o parque no dia, e por isso não fomos até lá, mas fica o registro aqui. 

Circuito Magico del aguas Lima Peru

Huacla Pucllana - Lima, Peru 

Em Lima existem várias Huaclas, são locais indigenas sagrados, hoje em ruínas, que fizeram parte das civilizações Wari e Lima. Veja post neste blog.

Huaca Pucllana
Huacla Pucllana em Lima 

Mercado Inka de Lima, Peru

Fica no bairro Miraflores. É um mercado de artesanatos e têxteis típicos do Peru. Parada obrigatória para compras, com artigos de boa qualidade. Fica na Av. Petit Thouars, 5429, na esquina com a rua  General Pershing, no bairro Miraflores

Mercado Indio (2)

Polvos Azules
Mercado popular, ao estilo rua 25 de março de São Paulo. O Polvos Azules foi fundado em 1981. A prefeitura de Lima resolveu retirar todos os camelôs das ruas da cidade e concentra-los em um só local,  esta foi a origem do lugar. É, portanto, um grande camelódromo.
É um lugar para se pechinchar, um "Paraguaizinho". Não espere encontrar coisas sofisticadas, nem marcas famosas originais. Muita coisa falsificada, mas é aquela coisa : o vendedor diz que é original, finge que está falando a verdade, e o comprador finge que acreditou. Mas, o vendedor sabe que voce não acreditou nele, mas finge que não notou nada. 

Polvos azules 1

Polvos azules 2


Continue viajando por Lima clicando na figura abaixo :

Lima laranja
Clique na laranja lima para continuar a leitura sobre a cidade de Lima.

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Lima–cidade–parte 2

 

Lima – parte 2

Continuando com a cidade de Lima….

Parque das oliveiras de San Isidro

No bairro San Isidro, próximo a Huacla Pucllana, há um agradável parque, onde em 1560 os espanhóis plantaram oliveiras para produção de azeite. A plantação chegou a ter 3000 oliveiras, porem em 1821, quando os espanhóis abandonaram o Peru, promoveram uma destruição da plantação. Posteriormente, parte da plantação foi loteada e vendida para projetos imobiliários. Do original, restaram pouco mais de 1600 oliveiras, algumas com mais de 400 anos. Anualmente a prefeitura promove colheita de azeitonas e produz azeite. Mais de 30 espécies de pássaros alegram o parque, que tem placas identificando-as.

Parque das Oliveirasw
Solange no Jardim de Oliveiras San Isidro

Jardim das oliveiras
Oliveiras centenárias

Parque Del amor

No centro deste pequeno parque esta a Estatua do Beijo. Achei meio brega, um pouco apelativo. Não gostei da estátua por que ela dá impressão de invasão de privacidade. Mas, estando em Lima, vale a pena dar uma olhada. Uma boa dica é sair do Shopping Larcomar e ir a pé até a esse parque, a 1 km de distancia, o caminho é bonito.

Parque del Amor

Plaza del Amor Lima

Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera

Av. Simón Bolivar 1515, Pueblo Libre, Peru

Teófilo Rafael Andrés Wenceslao Larco Herrera (1872-1956) foi um grande historiador, político e diplomata peruano. O Museu Larco (como é conhecido) foi fundado em 1926, com as peças de sua coleção particular. Porem justiça seja feita, quase todo o acervo e a construção do museu foi feito pelo seu filho.

Tem peças que cobrem até 3.000 anos da história das culturas pré-Colombianas do Peru. Localizada numa mansão do século 18, e construída sobre uma pirâmide do século VII, tem várias peças de prata e ouro; e é famoso por sua coleção indígena de objetos, segundo os peruanos, eróticos. Para mim, tá mais para pornografia.

O museu é propriedade particular, deve ser da família Herrera. Ele é organizado por secções, cada uma representando uma cultura.


Larco Museum1

Larco Museum
Ceramicas da cultura Huaco

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Brincos – cultura Moche

Larco Museu -erotico
Larco Museum – mão boba

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Lima–Huaca Pucllana e cultura Wari

Huaca Pucllana (bairro Miraflores)

Huaca (ou Waca) Pucllana foi uma grande pirâmide construída pela cultura Lima, que habitaram o local entre os anos 200 d.C. até 700 d.C. A construção iniciou-se no ano 400 d.C., constituía em 7 plataformas, porem o que restou hoje não tem sequer forma de pirâmide. O sitio, fica onde hoje é o bairro Miraflores,  era não somente um local religioso, mas havia ali também, ao redor da grande pirâmide, outras pirâmides menores, construções e praças de uso público.
Huaca Pucllana vista geral
Originalmente Huaca Pucllana se estendia por mais de 16 hectares (cerca de 18 campos de futebol), porem atualmente restam somente 6 hectares, onde se concentram as principais edificações. O restante foi destruído pela ocupação imobiliária. O descaso com este importantíssimo sítio arqueológico era tal que, segundo relato de um guia, até o início dos anos 80 o local era usado como pista de MotoCross (!).
Huaca Pucllana Google Earth

Os Limas realizavam em Huaca Pucllana rituais invocando divindades do mar, pois grande parte da subsistência deles vinha do mar (pesca). Foram encontrados no local restos mortais que indicam sacrifícios humanos de meninas e crianças, provavelmente em cerimônias religiosas.
cultura-lima-sacrificios humanos
Figura representando sacrifícios humanos pelos Limas, em Huaca Pucllana.
Fonte : huacapucllanamiraflores.pe/

Huaca Pucllana arredores
Os arredores da grande piramide. A direita, no canto superior, é um restaurante chique.

Huaca Pucllana1

A piramide é toda feita em tijolinhos pequenos, de adobe (barro com capim), assentados verticalmente.
Lima fazendo tijolo
Reconstituição de um indio Lima fazendo tijolo de adobe.
Limas1
Reconstituição de indios Limas realizando um pequeno ritual religioso.

Após o ano 700 d.C. os Limas deixaram o local, acredita-se que migraram para o interior em busca de terras mais chuvosas.

Em Huaca Pucllana há um pequeno jardim, onde se cultivam os produtos agrícolas consumidos pelos indiginas que ali viveram. Segundo o guia, este jardim é uma maneira de se provar que ali era viável a produção desses alimentos.

Produtos agricolas
Os jardins de Huaca Pucllana, com pequenas plantações de milho, abóbora, batata, quinoa, etc.

Da mesma forma, existe um pequeno “zoológico”, com os animais que eram criados: lhamas, alpacas e cuys. Há também Vicunhas e Guanacos.

Animais de criacao

Visitas

As visitas ao local é com hora marcada, é paga e com guia falando ingles ou espanhol. O tour com guia dura mais ou menos 1 hora. 

Museu Huaca Pucllana
Na entrada há um pequeníssimo museu com algumas peças. Acho que é mais uma salinha de espera, onde o turista fica enquanto espera o início do tour.

A ocupação Wari

Com os Limas abandonando a região, ali se instalaram as tribos Wari. A partir do ano 800 d.C. fizeram de Huaca Pucllana um cemitério para os seus mortos mais ilustres. Parte da obra dos Lima foi então destruída para acomodar os mortos. Os Waris envolviam os cadáveres em tecidos formando um fardo fechado. Alguns cadáveres adultos estavam acompanhados de outro, de criança, o que sugere sacrifício humano, com a criança seguindo o adulto para o outro mundo. Junto aos cadáveres, eram enterrados alguns pertences ligados a atividade do morto.
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Uma tumba Wari em Huaca Pucllana

Foram encontrados em Huaca Pucllana vários tecidos da cultura Wari, de estampas coloridas, belíssimas. Os Waris eram habilidosos artesões, produziam tecidos e cerâmicas de alto valor artístico.

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Túnica Wari

Wari textile c. 600 d.C.
Um tecido Wari, 600 d.C.


Túnica Wari, c. 850 d.C.

Vaso Wari
Moringa Wari

Ocupação Ychsma / Ichma

Após a decadência dos Imperios Lima e Wari, a costa central do Peru foi ocupada por pequenas tribos, conhecidos como Ychsmas. Estes povos viveram no local entre 1.000 a 1.470. Passaram a usar o templo Huaca Pucllana, novamente como local de ritos sagrados e cemitério.

Há registros escritos sobre esta cultura, feitos por cronistas espanhóis; que narram a extrema religiosidade destes povos. Costumavam fazer cerimônias para os deuses, principalmente para pedir chuva.

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