Peru, um pais sagrado
Os guias turísticos do Peru tem a mania de dizer que tudo ali é sagrado, místico, celestial. Se param num lago, já anunciam “estamos no lago sagrado...”. Se um vendedor te oferecer uma estatueta, ele explica que trata-se de um símbolo sagrado dos Incas. O Perú tem paredão sagrado, pedra sagrada, rio sagrado, animal sagrado, vale sagrado; enfim, em tudo os guias e vendedores botam uma aura misteriosa, endeusada. Afinal, assim vende mais.
Até mesmo dois dos maiores heróis do Peru, Manco Capac e Mama Ocllo, são retratados de maneira misteriosa, mitológica.
O peruano chama Machu Picchu de “cidade sagrada dos Incas”, por que ali se realizavam ritos sagrados, estavam mais perto do céu, etc. Porem arqueólogos preferem dizer que Machu Picchu era uma colônia de férias, um SPA, e não um centro religioso.
Perguntei a um guia por que o vale do rio Urubamba, local onde floresceu a cultura Inca, era chamado de “Vale Sagrado”. Ele respondeu que os produtos dali antigamente eram tratados como “produtos do Vale do Urubamba”, mas por questão de puro marketing alguém resolveu criar a marca “Vale Sagrado dos Incas”. O governo peruano, as agencias de turismo, etc, gostaram da idéia e adotaram o nome.
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