Trekking Colca Canion - Peru
A empresa do trekking – Viator.
Para o primeiro trekking, contratamos os serviços da Viator. Escolhemos um pacote tipo “smal groups”, um produto de no máximo 5 pessoas. Assim, teríamos um serviço mais personalizado.
Quem estiver interessado em fazer esse trekking, em geral as agencias oferecem descida e subida pela mesma trilha (6,5 km), totalizando 13 km. Eu acho muito pouco, procure uma agencia que ofereça a descida por trilha diferente e mais longa que a da subida. Ou então proponha a mudança da descida.
Seguem tres operadoras, que fazem o trek Colca, que me pareceram boas :
O turismo no Peru ainda sofre com amadorismos, depois de comprado o tour pelo site da Viator, recebemos apenas um email de confirmação e algumas instruções do tipo no-reply. De forma que fomos ao Peru sem falar com ninguém antes ! Mas, no final deu tudo certo.
Os dias de trekking começam sempre cedo, em geral as 5:00-6:00. E assim foi todos os dias de trekking, exceto no primeiro dia. A Viator nos informou que fariam o pick-up as 5:30, mas só apareceram as 6:30. Conforme prometido, no dia anterior veio um funcionário da Viator fazer o briefing. Desaconselho fazer este trekking “por conta”, são muitos detalhes a tratar e os pacotes no Peru não são caros, inclusive esse da Viator.
O pacote incluia ainda uma parada no mirante Cruz del Condor e outros mirantes com vista para o Vale do Rio Colca.
Viagem Arequipa a Cabanaconde
Saimos de Arequipa as 6:30 com a van da Viator, eu, Solange, o guia e o motorista. Por azar, nenhuma outra pessoa comprou o pacote, de forma que o “small group” se resumiu em eu e Solange. Seria interessante e mais divertido se tivesse pelo menos mais um casal.
A viagem até o mirante San Miguel, proximo a Cabanaconde, local do inicio do trekking, durou 4 horas. Foi uma viagem de 215 km, interessante, cheia de paisagens bonitas; com algum enjoo (Solange chegou a vomitar) e paradas. Por sorte, Solange trouxe balas de gengibre, o que aliviou o enjoo. Seguem fotos desta viagenzinha :
 |
| Paradinha para descansar e tomar chá de coca num restaurantezinho beira de estrada |
 |
| Paradinha para foto. Ao fundo um pequeno vulcão extinto. |
 |
| Da janela da van : passamos por um rebanho de lhamas. |
 |
| Paramos para fotografar este pequeno vulcão em atividade. |
O trekking Colca Canion - Arequipa, Peru
O trekking consistia em descer e subir o Colca Canyon, a 2300 metros de profundidade. O guia nos informou que havia duas opções, a descida em 6,5 km ou em 19 km. Escolhemos a descida de 19km.
Nosso destino final lá no fundo do vale era a pousada Sangale Oasis, onde pernoitaríamos.
A descida ao fundo do vale Colca Canion - Arequipa, Peru
Sendo o nosso primeiro trekking da vida, escolhemos logo esse, bastante cansativo e desafiador. Apesar de ser uma descida, as trilhas subiam e desciam. Algumas vezes as trilhas eram boas, e outras vezes muito ruins, cheias de pedras, dificultando bastante a caminhada. Descobrimos que os bastões foram os salvadores da pátria, sem eles teria levado tombo já no primeiro dia. Pisei em terreno com pedras soltas, o pé escorregou e por sorte me apoie num dos bastões. Poderia ter caído feio e me machucado, arruinando a viagem. É preciso ter isso em mente : um tornozelo torcido em casa, na sua cidade, é só ficar em casa repousando. Ou então, se a gravidade não for das maiores, você pode até andar usando um par de muletas. Mas, aqui em cima, nos Andes, de férias, qualquer dano físico arruinará a viagem.
Como escolhemos o trajeto de 19 km, o guia disse que teríamos que nos apressar um pouco, para chegar lá embaixo antes das 18:00. Nessa época já é escuro nesse horário e é perigoso fazer trekking aqui no escuro.
 |
| Mapa do trekking (em vermelho) |
 |
| O trekking, consegui traça-lo no GoogleEarth ! O caminho foi feito no sentido anti-horário, saindo proximo a Cabanaconde. |
Enrolamos tanto, tiramos foto, descansamos, etc., que o ultimo quilometro foi um sufoco, já estava escurecendo e o guia nos apressou. Chegamos no Sangale Oasis exatamente as 18:00, já começando a escurecer.
O Sangale Oasis (foto: Tripadvisor). Dormimos na casinha indicada pela seta, na esquerda.
Como não havia luz elétrica no Sangale, não tiramos fotos do local, pena. Poderia até fazer algumas fotos com flash, mas ao chegar o cansaço e a fome eram tal que acabei por não me lembrar disso.
Tomamos banho gelado, a luz das lanterninhas de LED que havíamos levado. Jantamos, o local estava lotado de turistas de outros grupos, todos eles europeus. O restaurante era iluminado, com luz de gerador e eu aproveitei para carregar a bateria do celular (R$ 10). As 21:00, um pouco após o jantar, desligaram o gerador, e todo mundo prá cama.
Antes de dormir, ficamos bastante tempo olhando para o céu. Uma noite inesquecível, sem luz artificial, sem poluição do ar e (por sorte) sem nenhuma nuvem, pudemos finalmente ver o céu inacreditavelmente estrelado. O céu salpicado de centenas de estrelas, e com uma mancha branca cortando todo o céu. Essa mancha era a Via Lactea. Infelizmente minha maquina de fotografar não tem recursos para fotografar este céu, o maximo que consegui foi a foto abaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário